das pelo celebre Bartolozzi. Muitos punções, e um abundantissimo numero de matrizes d'elegantes typos, de vinhetas e ornatos typographicos, de muito gosto, fazem tambem consideravel parte da sua riqueza.)= =«0 Edificio em que se acha a Imprensa Nacional, posto que não fosse construido para este fim, comtudo pelas obras que se lhe tem feito em diversos tempos, principalmente pelas que The fizera o meu fallecido irmão, meu antecessor, presta-se ao estabelecimento e funcções das suas Officinas, e póde considerar-se uma bella Casa, hoje muito aceada e em boa ordem, como é facil ver e examinar, porque é franca a sua entrada em todas as terças feiras.»= =«Resta fallar do pessoal desta Casa, que em geral tem bons empregados, havendo entre elles alguns de muito merecimento; e para o provar basta dizer, que na Imprensa Nacional não ha hoje nenhum estrangeiro, achando-se, todavia, em pratica grande parte dos methodos por que a arte typographica tem chegado ao seu admiravel adiantamento nos paizes mais civilisados, sendo para isto necessario o concurso de machinas, e outros objectos nunca vistos em Portugal antes de meu irmão vir de França, que, honra á sua memoria, foi quem aqui introduziu esses methodos.»= Faz muita honra ao Sr. Firmo Augusto Pereira Marecos a creação de uma especie de Monte Pio, ou Caixa de Soccorros, que o mesmo Sr. estabeleceu em 5 de Novembro de 1845, para acudir aos empregados daquella Casa com soccorros durante a doença, mediante a entrada de cada um com a pequena quantia de 60 réis semanaes, deduzida dos seus vencimentos. Documentos a consultar acerca da Imprensa Nacional: ALVARÁ de 24 de Dezembro de 1768. tencentes aos annos de 1839 e 1840 Lisboa 1841. DIARIO DO GOVERNO, n.° 83 de 9 de Abril de 1844, onde se encontra o Relatorio de 10 de Janeiro do mesmo anno. RELATORIO do Administrador Geral da Imprensa Nacional Firmo Augusto Pereira Marecos, publicado no Diario do ORÇAMENTOS DO ESTADO. Organisação actual dos estudos em Portugal. Parece-me muito acertado apresentar uma breve resenha da organisação actual dos estudos em Portugal, visto como já dei noticia dos diversos Estabelecimentos Scientificos e Litterarios de outras epochas. A Historia Litteraria do nosso paiz não he indifferente este assumpto. --Note-se, porém, que só darei conta desta materia per summa capita, como quem só leva em vista apontar, e não desenvolver. He forcoso ser muito conciso, e limitar-me ás indicações mais genericas. Dou a Portugal e ás Ilhas Adjacentes a população de tres milhões e oitocentos mil habitantes; quatrocentos concelhos; quatro mil freguezias: --em numeros redondos. A Divisão Administrativa, em Districtos, he a seguinte: Postos estes elementos statisticos, classificarei assim o Ensino Publico: Ensino Primario. Secundario. E para mais ordenadamente tratar o assumpto, classificarei o Ensino pelos diversos Ministerios, por conta dos quaes corre a sua administração e sustentação. -Assim, pertence ao Ministerio do Reino a direcção, administração e sustentação do Ensino Primario, do Ensino Secundario; em quanto ao Ensino Especial, - a Academia de Bellas Artes de Lisboa, a Academia Portuense de Bellas Artes, -Conservatorio Real de Lisboa; — em quanto ao Ensino Superior,—a Academia Polytechnica do Porto,—as Escolas Medico-Cirurgicas do Funchal, de Lisboa, e do Porto, e a Universidade de Coimbra. - Ao Ministerio da Guerra, em quanto ao Ensino Superior-a Eschola Polytechnica de Lisboa; e em quanto ao Ensino Especial, a Escola do Exercito, o Collegio Militar, e a Escola Veterinaria. - Ao Ministerio da Marinha, em quanto ao Ensino Especial, a Escola Naval, e a Aula de Construcção Naval. -Ao Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria, em quanto ao Ensino Especial, o Instituto Agricola e Escóla Regional de Lisboa, as Escolas Regionaes d'Evora e Vizeu, e o Instituto Industrial de Lisboa, e o do Porto. No quadro do Ministerio dos negocios Ecclesiasticos e de Justiça entrão os Seminarios. MINISTERIO DO REINO. S 1.• Ensino Primario. No Continente e Ilhas Adjacentes haverá hoje mil e tantas Escolas de Ensino Primario, sustentadas pelo Estado; sendo destas, tão somente, para o sexo feminino, a vigessima parte. Podemos calcular em 30:000 alumnos os que frequentão essas escolas, sendo 2:000 do sexo feminino. O Estado faz com o Ensino Primario a despeza de cem contos de réis, em numeros redondos. Felizmente ha um grande numero de Escolas Municipaes, e Parochiaes, por todo o Reino e Ilhas; bem como de Escolas particulares, Ainda assim, o Ensino Primario he deficientissimo entre nós para ambos os sexos, e particularmente para o sexo feminino. Os Professores são muito escassamente remunerados; e carece-se não só de augmentar o numero das Escolas, mas de as prover de utensilios, de as collocar em commodos edificios, e de obrigar os paes e superiores a mandarem seus filhos e subordinados ás Escolas. S 2.° Ensino Secundario. . Creio que existem hoje 220 Cadeiras de Ensino Secundario, frequentadas por 3:000 alumnos. A despeza do Estado com este ramo de Ensino chega talvez a setenta contos de réis. Nos Lyceus já estabelecidos em diversas capitaes de Districto ensina-se: Grammatica Portugueza e Latina. Portugueza. mercial. Em Lisboa ha tambem nos Lyceus, afóra esses estudos, Cadeiras das Linguas Grega, Hebraica, Arabe, e Allemã; e de Geometria e Mechanica applicada ás Artes; bem como uma de Tachygraphia. AULA DO COMMERCIO EM Lisboa. Ensina-se Arithmetica, Algebra, Geometria, Trigonometria; Escripturação por partidas dobradas, seguro, cambios, letras e pratica commercial. — Custa ao Estado 1:600,5000 róis. Ensino Especial. -Na ACADEMIA DAS BELLAS ARTES de Lisboa ensina-se: Teve no anno escolar de 1818 a 1849-215 alumnos; e erão seis os Professores proprietarios, e seis substitutos. No orçamento de 1853 para 1854 vem consignada a verba de 14:2128400 réis para a despeza deste Estabelecimento. Na ACADEMIA PORTUENSE DE BELLAS ARTES ensina-se: Teve no anno escolar de 1848 a 1849-109 alumnos; e erão seis os Professores proprietarios, e seis substitutos. No orçamento de 1853 a 1854 vem consignada a verba de 5:8108000 para a despeza deste Estabelecimento. CONSERVATORIO REAL DE LISBOA. Ensina-se Musica instrumental e vocal, composição e Pianno; Declamação; Dança; Mimiea; Esgrima. |